Data: 08-08-2012
Criterio: B2ab(i,ii,iii,iv)
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Valeriana organensis exclusivamente áreas campestres de altitudes elevadas (entre 2.100 e 2.200 m), com distribuição restrita a apenas um hábitat específico (Campos de Altitude), com a AOO calculada em somente 4 km². Além disso, parece ser naturalmente rara, com subpopulações escassas, uma vez que sua última coleção foi realizada há cerca de 60 anos, em áreas que sofrem com ameaças altamente impactantes, como o fogo e a incidência de espécies exóticas invasoras de alto poder competitivo, que disputam recursos diretamente com a flora local, a qual muitas vezes acabam sobrepujando. Mesmo com algumas coletas históricas realizadas nas unidades de conservação (SNUC) com expressivos esforços de coleta (Parque Nacional da Serra dos Órgãos), V. organensis não foi encontrada recentemente. Verifica-se, com base na informação disponível, que a espécie sofreu declínio contínuo em sua EOO, AOO e qualidade do hábitat. Portanto, a espécie foi considerada "Criticamente em perigo (CR)", demandando ações de pesquisa, principalmente biogeografia e ecologia (tendências populacionais) e ações de conservação diretas para garantir sua perpetuação na natureza.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Valeriana organensis Gardner;
Família: Caprifoliaceae
Descrita originalmente em London J. Bot. 4: 112 1845. Segundo APG III (2009), o gênero Valeriana pertence a família Caprifoliaceae.
A espécie ocorre em altitudes de 2100 a 2200 m (Scalon et al., 2002) nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro (Sobral, 2012).
Espécie herbácea com cerca de 60 cm, floração ocorrendo em janeiro, ocorre em Mata Atlântica em áreas de Campos de Altitude (Scalon et al., 2002).
1.4 Infrastructure development
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
As principais ameaças queafetam espécies de montanhas foram agrupadas em erosão e instabilidade do solodevido atividades antrópicas; desmatamento de áreas adjacentes, facilitandoinvasão de espécies exóticas; baixa competitividade da flora local em relação aflora invasora; queimadas; retirada de espécies ornamentais; mineração einfraestrutura de energia e comunicação; expansão urbana e altasusceptibilidade a mudança climática (Martinelli, 2007).
1.2.2.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Extinta" (EX), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- SCALON, V.R.; SOUZA, V.C.; RODRIGUES, R.R. Valerianaceae. In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; MELHEM, T.S.; BITTRICH, V.; KAMEYAMA, C. (EDS) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo, SP: FAPESP, HUCITEC, p.349-351, 2002.
- SOBRAL, M. Caprifoliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Acesso em: 20 Jul 2012.
- MARTINELLI, G. Mountain biodiversity in Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 04, p. 587-597, 2007.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
- THE ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 161, p. 105-121, 2009.
CNCFlora. Valeriana organensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Valeriana organensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 08/08/2012 - 16:48:47